Novo equipamento para radioterapia

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Precisão é a palavra de ordem no tratamento com radioterapia. Ao se determinar com exatidão o local do tumor, aumenta-se as chances de controlar a doença. Isso porque o tratamento torna-se mais eficaz, uma vez que o alvo é acertado de forma precisa, além de diminuir os efeitos colaterais. Ganho para o paciente, que passa menos tempo nas sessões de simulação e planejamento e tem mais qualidade de vida.

Disponível desde fevereiro de 2008, o tomógrafo GE LightSpeed RT 16 é a tecnologia que o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) trouxe dos Estados Unidos para garantir maior qualidade ao tratamento de pacientes com câncer.

“Esse equipamento segue a tendência de agregar tecnologia para facilitar o tratamento”, explica o dr. Michael Jenwei Chen, radioterapeuta do HIAE.

É um equipamento dos mais atuais entre os tomógrafos. Desenhado especificamente para a radioterapia, faz o papel do antigo simulador e, ainda, realiza tomografia de alta precisão.

O tomógrafo agrega uma série de vantagens: utiliza tecnologia de imagem em até quatro dimensões, proporciona melhor planejamento da radioterapia e, em alguns casos, pode reduzir o tempo de início do tratamento. Também permite visualizar e localizar tumores milimétricos, mesmo em pacientes obesos, pela exatidão nas imagens e posicionamento adequado para a realização da tomografia.

“É um equipamento dos mais atuais entre os tomógrafos. Desenhado especificamente para a radioterapia, faz o papel do antigo simulador e, ainda, realiza tomografia de alta precisão”, explica José Carlos da Cruz, coordenador da Física Médica da Unidade de Radioterapia do HIAE. Outra vantagem é a possibilidade de combinar imagens feitas em outros equipamentos, como a ressonância magnética e PET/CT e, dessa forma, ajudar o médico a definir melhor o tumor.

Sincronismo com a respiração

A tecnologia utilizada nesse novo equipamento é a de simulação virtual – que substitui a anterior, em que uma imagem plana (como a de um raio-X) era utilizada para simular em duas dimensões o local em que o tumor se localizava.

A partir de agora, o médico pode trabalhar em um software em tempo real, utilizando as imagens feitas por tomografia, como se o paciente estivesse ali, mesmo ele já tendo realizado o exame. As imagens simulam até a respiração, que movimenta órgãos e consequentemente o tumor, dependendo do caso.

Com as imagens da tomografia prontas, um outro software calcula a amplitude da respiração que, na prática, significa o quanto o tórax e os órgãos internos como o pulmão, estômago, rins e fígado do paciente se movimentam a cada inspiração e expiração. Essa amplitude será considerada pelo médico ao planejar o tratamento.

“Podemos utilizar o equipamento em praticamente todos os tumores, exceto os do sangue”, afirma o dr. Chen.

Essa nova tecnologia vai se somar à de outros equipamentos de ponta que o Einstein utiliza, como o IGRT, a radioterapia guiada por imagem, que garantem alta precisão na irradiação direcionada ao tumor. Além disso, com a ajuda do tomógrafo é possível realizar a radioterapia adaptativa, para os casos em que é preciso rever o tratamento.

“O paciente pode emagrecer e o tumor reduzir de tamanho. Essas questões podem interferir no resultado”, explica o radioterapeuta. Com a ajuda do novo equipamento é possível refazer a tomografia rapidamente para verificar se há necessidade de rever o tratamento, com doses menores ou maiores de radiação, e determinar se o tempo de exposição deve ser alterado.

Publicada em abril/2008

Atualizada em novembro/2009

 

Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein.

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